quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

No Calendário Cósmico


são 23:59:59 do dia 31 de Dezembro. O "nosso" Universo nasceu há 365 dias. A Via Láctea formou-se a 1 de Maio, o Sol a 9 de Setembro e a Terra a 14 do mesmo mês. O Homem só apareceu a 31 de Dezembro às 22h30m. Nunca deixo de me impressionar com o calendário cósmico. A sua escala é tudo menos humana. O Homem só aparece no último dia do calendário!
E pensar que este "nosso" Universo pode ter existido durante tanto tempo sem alguém para o pensar...para quê?
Pensar no momento da sua criação...a partir do quê?
Pensar nos 365 dias seguintes deste calendário...como?
O grau de dificuldade das respostas a estas questões milenares leva-me frequentemente a pensar que se deve ao enviesamento do ponto de vista de quem as faz (princípio antrópico).
Se a escala do Universo é tudo menos humana, como pode ser compreendida pelo Homem?
Dificilmente pode. E ainda assim, cá estamos. Seja por acaso ou pela evolução natural da (des)ordem do Universo. Do meu (enviesado) ponto de vista, por acaso; como acreditar que somos o principal actor de uma peça em que só aparecemos na última cena?
Por acaso, mas com propósito. Não conseguindo responder à questão "de onde vimos e para onde vamos?", devemos pelo menos garantir a subsistência da nossa espécie, que potenciamos a capacidade de responder a estas questões e que podemos dizer que o aparecimento do Homem foi um acaso feliz. Para que nos possamos orgulhar de ser a forma de inteligência mais evoluída do Universo. Ou talvez não...

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